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Tenho formigamentos no corpo todo, isso é esclerose múltipla?

  • Foto do escritor: Guilherme BeWatch
    Guilherme BeWatch
  • 8 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Vamos começar do primeiro ponto: o que é o formigamento? O que ele representa?

O formigamento (também conhecido como comichão), é um sintoma que o paciente refere como se estivesse com braço ou perna "dormente". Sabe aquela sensação quando dormimos em cima do braço e acordamos no dia seguinte sem senti-lo por completo? É exatamente isso.

O formigamento é um sinal de alarme para um problema de perda de sensibilidade. É muito comum os pacientes que tenham formigamento me questionarem se eles possuem esclerose múltipla e, sim, essa pode ser uma das possibilidades.

A questão é: o formigamento representa uma "falha" da comunicação do nervo da sensibilidade. É quando ele deixa de funcionar por algum motivo, e é o objetivo da nossa consulta buscar o que está por trás disso. Dependendo do padrão do formigamento (pegar uma mão, as duas mãos, os dois pés, etc), nós pensamos em doenças diferentes e, além do nosso exame físico, os exames complementares (de sangue, eletroneuromiografia e de ressonância imagética) nos ajudam nessa investigação.

Então, vamos completar a nossa resposta: formigamento pode sim ser esclerose múltipla, mas nem sempre! Precisamos entender o padrão deste sintoma para pensarmos em uma ou outra doença. Veja os exemplos a seguir:

  • Na síndrome do túnel do carpo, o formigamento é uma queixa que se localiza apenas na mão, geralmente aquela dominante (direita ou esquerda);

  • Na esclerose múltipla, frequentemente o formigamento pega várias partes do corpo (por exemplo, um pedaço do braço direito, perna esquerda, tronco, face).

  • No Acidente Vascular Cerebral (AVC, ou derrame), o formigamento pega metade do corpo (braço e perna).

  • Nos problemas de coluna, o formigamento pega braços ou pernas de um lado só, geralmente acompanhado por dores na região da coluna.

Viram? Muitas coisas causam formigamentos e, por isso, uma avaliação completa é importantíssima para que cheguemos juntos ao seu diagnóstico final. Não podemos dizer diretamente que é ou não esclerose múltipla, mas precisamos avaliar caso a caso, como fazemos em nossas consultas.


 
 
 

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