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O meu médico pediu para eu fazer uma eletroneuromiografia, o que é isso?

  • Foto do escritor: Guilherme BeWatch
    Guilherme BeWatch
  • 8 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

A eletroneuromiografia é um exame médico para entendermos a saúde dos seus nervos e músculos do corpo. Ele é muito importante para vermos problemas de coluna, dos nervos (neuropatias), músculo (miopatia) e problemas mais raros como miastenia gravis. 

Quando o paciente recebe o pedido do exame, é muito comum que o médico que solicitou não explique sobre como funciona o exame. O paciente então procura no Google e encontra um monte de informação ruim a respeito do exame. Muitas pessoas chegam até a referir o mesmo como "sessão de tortura". Isso gera uma ansiedade desnecessária ao paciente, que já vai fazer o exame com medo e preconceito.

Como médico que faz este exame, frequentemente eu recebo pacientes que não fazem ideia de como funciona ou, pior, já chegam na sala ansiosos sobre como funciona o exame.

Mas… O que é tão ruim neste exame? Eu acredito que o primeiro ponto é a desinformação. Não saber com o que estamos lidando ou o que vamos enfrentar é o primeiro passo para termos medo, então, vamos resolver esta situação.

A eletroneuromiografia é um exame de duas fases: a parte de condução (também conhecida como "choquinho") e a parte da miografia (ou da "agulha"). A primeira parte usamos um aparelho que dá choques de leve a moderada intensidade para vermos o funcionamento do nervo e a segunda parte usa uma agulha no músculo para estudar o seu funcionamento. Conforme fazemos o exame, vamos construindo um mapa em nossas cabeças do funcionamento dos nervos e músculos e isso traz informações importantíssimas para o médico que pediu o exame.

Sabemos que existem pacientes que quase nem percebem o choque e outros que sentem de modo mais forte. Isso é a sensibilidade de cada um e deve ser respeitada durante o exame. Mas, o que a minha experiência demonstra, é que quando o paciente já vai para o exame sabendo o que vai enfrentar, a sua experiência é mais tranquila do que o esperado, e o exame acontece de uma maneira melhor do que quem já chega mais tenso na sala. 

Por isso eu acredito que o paciente deve sair da minha consulta sem dúvidas, porque isso alivia os medos e ansiedades sobre seu estado de saúde. Acredito que a desinformação é o pior inimigo na relação médico-paciente.

Infelizmente, ainda não descobrimos maneiras mais modernas de estudar o nervo e o músculo de modo que traga menos desconforto para o paciente, mas estamos empenhados em descobrir estratégias que sejam mais tranquilas.  

Entendeu agora sobre este exame? Tem alguma outra dúvida sobre ele? Será um prazer poder te ajudar nessas perguntas!


 
 
 

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